terça-feira, 10 de dezembro de 2013

O que é uma conversão verdadeira e um arrependimento sincero?



Caro leitor, estamos terminando mais um ano que Deus nos proporcionou vivendo sob a sua graça, creio que todos nós temos muitos motivos para agradecê-lo, no entanto, não há nada mais gratificante do que agradecer a Deus por ter nos concedido a oportunidade de arrependimento e remissão dos nossos pecados através do seu filho Jesus. Iremos aprender, através das Escrituras, o que é uma conversão verdadeira e um arrependimento sincero.
Hoje pouco se fala sobre arrependimento nas igrejas ou grupos religiosos, muito se fala de milagres, profecias e prosperidade financeira. Estamos vivendo a era do hedonismo, onde o que me interessa é o que “me faz sentir bem”. A era da comercialização da Fé (Pragmatismo), o culto se transformou em um show e a fé cristã é apresentada como um produto que promete resultados imediatos na vida de uma pessoa. Há muitas pessoas confusas e iludidas quanto a sua conversão devido às falsas doutrinas ensinadas em nosso meio. As pessoas desistiram de pregar o arrependimento e de anunciar as boas novas da salvação para uma verdadeira conversão em Cristo.  Mas o que a bíblia diz sobre arrependimento e conversão?
ARREPENDIMENTO: a bíblia nos diz que Deus é quem converte o coração do pecador, (Jr 31:18) é Ele que concede aos homens a oportunidade de se arrependerem (At 5:31, At 11:18 e At 20:21) porque não tem prazer na morte de ninguém (Ez 18:30-32). Arrependimento não é oferecer sacrifícios com palavras vãs, não é confessar para algum homem ou santo padroeiro o que se fez de errado, é simplesmente se humilhar diante do Senhor e dizer a Ele sinceras palavras de arrependimento (Os 14:1-2). O arrependimento é necessário para que o pecador receba o perdão através da livre graça de Deus em Cristo, porém, o perdão só é concedido a nós pecadores por causa da morte e ressurreição de Cristo Jesus, o único sacrifício aceito por Deus (Ef 1:7 e Rm 3:24), esta é a satisfação pelo pecado, e por causa deste sacrifício podemos nos arrepender e confessar nossos pecados somente a Ele e assim alcançarmos sua misericórdia e perdão (Confissão de Fé de Westminster 15:3, Pv 28:13, Sl 51:4).
CONVERSÃO: é mudança de 180º no rumo de nossa vida (Pr. Wilson Porte Jr). É muito comum ouvirmos pessoas dizerem a seguinte frase: “Eu não me arrependo de nada do que eu fiz” e ao mesmo tempo freqüentarem uma igreja e se dizerem convertidas. Conversão não tem nada a ver como participar de um grupo religioso ou uma igreja, conversão tem a ver com o nosso coração. Não existe conversão sem arrependimento, pois o arrependimento produz frutos (Gl 5:19-26). A pessoa que não se arrependeu continua vivendo a mesma vida, ela confunde arrependimento com remorso, ela percebe que o que ela fez não foi muito bom, então ela dá uma paradinha e depois volta a viver tudo de novo, este é o giro de 360º. O caminho para Cristo nasce com o arrependimento, envolve humilhação e anda na contramão da maré, esta é porta estreita, o caminho apertado que conduz para a vida e são poucos que entram por ela (Mt 7:14).
Quero dizer a você que há recompensa para tuas obras e há esperança para o teu futuro. Quantas vezes Deus já falou ao teu coração? Ele tem se compadecido da tua vida, pois o coração Dele se comove por você. Preste atenção no caminho que está andando, por onde tem passado e regresse para o teu Senhor para tua casa. Até quando andarás errante e rebelde? O Senhor criou coisa nova para tua vida (Jr 31:18-22), não perca mais tempo.

“Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento” (Mt 3:8), “Converte-me, e serei convertido, porque tu és o Senhor meu Deus” (Jr 31:18b).

domingo, 10 de novembro de 2013

Afinal, por que as coisas não estão dando certo em minha vida?

              Olá querido leitor, este mês estudaremos sobre um assunto que diz respeito aquilo que temos semeado em nossas vidas e nas vidas das pessoas que mais amamos, muitas vezes de forma consciente, e outras vezes de forma inconsciente, de boa intenção, ou por má intenção. Lutamos para alcançar a felicidade, o nosso bem estar e o de toda nossa família, e muitas vezes não nos importamos com a maneira como estamos fazendo isso, olhamos para o nosso objetivo, porém, esquecemos que existe um caminho para se chegar lá, e muitos estão tentando encurtá-lo, pegando atalhos e desvios. Falaremos sobre as justiça de Deus, a obediência que Ele exige do homem, a maldição decorrente dos nossos pecados e o arrependimento que conduz a vida.
Quero convidá-lo a olhar para dentro de você, tente rever as ações que você fez no passado que o levou a situação em que vive no presente. Se você conversasse agora com Deus e colocasse diante dele sua vida, Deus estaria aprovando suas ações? Até mesmo aquilo que está oculto Ele sabe. Deus se revela nas Escrituras como o Justo Juiz que prova o mais íntimo do nosso coração (Jr 11:20). A palavra de Deus é o padrão do cristão, e Ele exige do homem obediência a sua vontade revelada, ou seja, que pratique a justiça, e ame a misericórdia e ande humildemente com Ele (Mq 6:8). Deus estabeleceu as regras de obediência ao homem em sua lei moral, resumidamente compreendida nos dez mandamentos (Dt 10:4) em amar ao Senhor nosso Deus de todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de todas as nossas forças e de todo o nosso entendimento; e amarmos ao nosso próximo como a nós mesmos” (Mt 22:37-40). Muitas pessoas semeiam trigo e colhem espinhos, estão se cansando sem proveito algum, e os seus frutos serão para si vergonha (Jr 12:13). O que quero dizer é que, muitos tentam “abençoar” outras vidas, até mesmo com boas intenções, porém, com conselhos errados, colocando uma pedra de tropeço em suas vidas de forma inconsciente ou consciente. Outros estão oferecendo sacrifícios a Deus em troca de suas bênçãos. Exemplo: Incitar uma pessoa a comprar um diploma, a subornar e defraudar o próximo é conduzi-la a pecar. Na família acontece o mesmo, pais que pagam a faculdade de seus filhos com dinheiro iníquo, que colocam os filhos na sala para assistirem filmes pornográficos e que aconselham seus filhos terem relações sexuais desde a adolescência ao invés de se guardarem para o casamento, estão semeando maldição em suas vidas. Infelizmente este é padrão moral da família hoje, no livro do Profeta Miquéias é relatado a tristeza que ele sentia ao ver a corrupção moral de Israel, principalmente porque, a família, unidade fundamental da sociedade judaica, encontrava-se em acelerado processo de desintegração, a situação havia chegado ao ponto que amigos e vizinhos não confiavam um nos outros (Mq 7:1-7).
Não existe maldição hereditária como tantos pregam por aí, veja Ezequiel 18:19,20, a responsabilidade é pessoal, porém, podemos semear maldição na vida das pessoas que mais amamos quando as fazemos tropeçar, incitando-as a pecarem contra o Senhor, como vimos nestes exemplos. E podemos amaldiçoar a nós mesmos quando nos entregamos a uma vida de desobediência a Deus, vivendo no pecado. Em Números  22 ao 24 Balaão era conhecido como um Profeta de aluguel (Dt 23:4,5), muitos o contratavam para abençoar e amaldiçoar vidas. Balaão tentou amaldiçoar o povo de Israel em três tentativas a pedido de Balaque o rei moabita, porém Deus reverteu as maldições em benção, ele chegou a edificar altares e oferecer sacrifícios a Deus tentando ver se Deus mudaria de idéia, mas não conseguiu. Qual foi a maneira que ele encontrou para amaldiçoá-los? Balaão fez o povo de Israel tropeçar e os seduziu fazendo-os cair em pecado de modo que fossem julgados por Deus. Balaão reuniu o povo de Israel com os moabitas e midianitas e fizeram uma festa religiosa, ali havia idolatria e imoralidade. O povo pecou, e eles sofreram grandes conseqüências daquele erro (Nm 25). Existem muitos cristãos que estão oferecendo sacrifícios a Deus para conseguirem suas bênçãos para realizarem seus desejos. A essência da desobediência é rebelião, é como pecado de feitiçaria mostrado em I Samuel 15:23, pois é uma tentativa de obter poder pessoal em rejeição a Deus, então aquilo que se oferece é o mesmo que idolatria nestas circunstâncias. Deus exige atos de justiça, obediência e não sacrifícios (Am 5:21-24; I Sm 15:22,23).  Outros tentam obter qualquer coisa espiritual ou sagrada mediante remuneração, este é o pecado da simonia apresentado em Atos 8:18,19 quando Simão, o mágico, tentou comprar dos Apóstolos Pedro e João o poder de conceder o Espírito Santo para aqueles que impusesse as mãos, daí o nome simonia. Quero dizer que se você pratica tais coisas, e está lendo este artigo, tenho boas notícias, Jesus está te chamando para se arrepender, porque ele veio ao mundo para salvar pecadores como você e eu (Lc 5:32) e somente a Fé em Jesus Cristo e o arrependimento para a vida, o pecador através da graça salvadora deixará seus pecados abandonado-os e voltando para Deus, e estará inteiramente resolvido a prestar-lhe nova obediência (Rm 6:18). Confesse hoje mesmo os seus pecados a Cristo, creia somente nele para sua salvação e de toda a sua família (Rm 16:31).
“Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mt 3:2).

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Pensando em desistir? Busque a Deus




Olá querido leitor, hoje quero lhe apresentar de forma breve, um personagem bíblico que falou muito ao meu coração, e tenho certeza que irá abençoar você que está em dúvidas em relação ao seu futuro, seu trabalho, relacionamento conjugal, ministerial e tantas outras áreas que tomam espaço especial em nossa jornada, resumindo, a você que está pensando que já chegou ao fim, no seu limite e que não vê saída mais, e que a única palavra que passa na sua mente é “desistir”.
Vamos conhecer um pouco sobre a história do rei Asa, ele reinou em Judá por quarenta anos (910 – 869 a.C). Asa teve paz durante os dez primeiros anos de seu reinado (II Cr 14:1). Tematicamente, ele representa o primeiro reformador religioso de Judá, purificou a terra da idolatria e ordenou que o povo buscasse ao Senhor e que observassem a lei de Deus (II Cr 14:2-5). Possuía um exército de 580 mil homens (v: 8). Eles prepararam-se edificando as cidades fortificadas em Judá, construindo muros e torres para se defenderem, ou seja, usaram esse tempo de paz preparando-se para qualquer guerra que pudesse ocorrer. Quando o exército de Zerá saiu contra o povo de Judá, seu exército somava quase que o dobro do Rei Asa e possuíam muitos carros.“Clamou Asa ao SENHOR, seu Deus, e disse: SENHOR, além de ti não há quem possa socorrer numa batalha entre o poderoso e o fraco; ajuda-nos, pois, SENHOR, nosso Deus, porque em ti confiamos e no teu nome viemos contra esta multidão. SENHOR, tu és o nosso Deus, não prevaleça contra ti o homem” (II Cr 14:11). O exército de Zerá foi totalmente destruído não sobrando nem um sequer (II Cr 14:13). Porém, depois da vitória o Senhor enviou uma mensagem para o Rei Asa de estímulo e advertência. “(..) Ouvi-me, Asa, e todo o Judá, e Benjamim. O SENHOR está convosco, enquanto vós estais com ele; se o buscardes, ele se deixará achar; porém, se o deixardes, vos deixará” (II Cr 15:2), “Mas sede fortes, e não desfaleçam as vossas mãos, porque a vossa obra terá recompensa” (II Crônicas 15:7). Asa reconheceu sua fraqueza diante de Deus e que só poderia vencer com a sua ajuda. Depois que venceu a batalha ele se animou com esta palavra trazida por Azarias da parte de Deus. O problema é que muitos generais depois de vencerem a batalha perdem a guerra devido ao seu orgulho, e Deus não queria que Asa caísse neste erro.
 Infelizmente no trigésimo sexto ano de seu reinado, Asa fez aliança com o rei da Síria para vencer Baasa rei de Israel que estava para atacá-lo (II Cr 16:1-3). Neste momento Asa deixou de buscar socorro em Deus, e confiou no braço de carne. Em seus últimos cinco anos de reinado ele se rebelou contra o Senhor, e na sua enfermidade não buscou a Deus confiando nos médicos, morrendo de uma doença grave (II Cr 16:12).
APLICAÇÕES: Muitas vezes agimos assim em nossas vidas, nos esforçamos muito para alcançar nossos objetivos, buscamos a Deus em tempos de paz e nos preparamos para o futuro. Porém, vemos nesta história que o principal problema de Asa não foi a falta de defesa ou conhecimento, e sim falta de fé. Existem pessoas que estão com o coração dividido como o de Asa: um dia confiava no Senhor e no dia seguinte confiava no braço de carne. Muitas lutas irão aparecer ao longo da jornada de nossas vidas, podemos terminar bem, buscando a Deus e sua força, ou podemos terminar mal, fazendo alianças que não agradam a Deus. Os olhos do Senhor passam por toda a terra para mostrar-se forte para com aqueles cujo coração é TOTALMENTE dele (II Cr 16:9). Jesus conhece seu coração, renda-se a Ele, e tenha uma nova vida em Cristo, pois sem ele nada podeis fazer (João 15:5). A vida é um bem precioso conquistado na cruz por Cristo, por isso, não desista, viva para a honra e glória do seu nome, amém!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Um jovem, uma missão, uma esperança




Você deve estar se perguntando que jovem é este, e de que se trata sua missão, e que esperança é essa? Vamos conhecer hoje a história do profeta Jeremias. Em sua época, Jeremias pode ter sido, aos olhos dos homens, considerado um fracassado, mas ao lermos sua história, vemos um dos maiores exemplos das Escrituras em termos de fé e de coragem. Jeremias viveu num tempo totalmente conturbado, e mesmo correndo perigos a ponto de perder a sua vida, ele permaneceu fiel diante do seu Senhor. Veremos neste pequeno estudo, que este homem, recebeu seu chamado ainda jovem, e sua esperança no futuro era ver o povo de Judá ser purificado pelo julgamento de Deus através do exílio babilônico, voltar para o seu Senhor e ser restabelecido novamente em sua terra.

UM JOVEM
Jeremias nasceu na cidade de Anatote, ao norte de Jerusalém, era cidade sacerdotal e ficava na tribo de Benjamim (Js 21:18), cerca de uma hora de caminhada de Jerusalém. É provável que ele tenha nascido pouco depois de 650 a.C, e cresceu num tempo em que a idolatria prosperava em Judá.
Jeremias recebeu seu chamado como profeta quando tinha cerca de vinte anos de idade em 626 a.C. no décimo terceiro ano do reinado de Josias. Seu pai Hilquias, era um sacerdote. Portanto Jeremias logo iria se ingressar em seu ministério sacerdotal, pois os sacerdotes pertenciam a uma tribo especial, um rei e profeta não podiam exercer o ofício de um sacerdote, porém, um sacerdote e um rei poderiam exercer este ofício, caso fosse chamado por Deus. E foi o caso de Jeremias. Jeremias como Moisés, sentiu-se inapto para esta tarefa. Pois acreditava que sua juventude seria um empecilho ao anúncio da palavra de Deus. “Então, lhe disse eu: ah! SENHOR Deus! Eis que não sei falar, porque não passo de uma criança. Mas o SENHOR me disse: Não digas: Não passo de uma criança; porque a todos a quem eu te enviar irás; e tudo quanto eu te mandar falarás. Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o SENHOR” (Jr 1:6-8). E que palavra! E que público hostil! Ele sabia que, tal pregação não seria bem vinda. Segundo a palavra de Deus para sua vida, em seu ministério Jeremias teria autoridade para:
  • ·         Arrancar e derribar
  • ·         Destruir e arruinar
  • ·         Edificar e plantar
“Depois, estendeu o SENHOR a mão, tocou-me na boca e o SENHOR me disse: Eis que ponho na tua boca as minhas palavras. Olha que hoje te constituo sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares e também para edificares e para plantares” (Jeremias 1:9,10).
Jeremias teria que desconstruir tudo aquilo havia sido construído há anos pelo povo, anunciar o julgamento vindouro caso não se arrependessem e tornassem ao Senhor. Seria uma tarefa nada fácil, denunciar o pecado de todo o povo e de seus governantes, toda a prostituição, idolatria e falsidade praticada por eles. Mas ele também anunciaria as promessas de Deus, a esperança de que Deus os plantaria novamente naquela terra e seriam totalmente restaurados.
1.       A Visão da vara de amendoeira (Jr 1:11-12).
Quando a mão de Deus tocou a boca de Jeremias, deu-lhe poder e autoridade. A visão era uma garantia, de que Deus cuidaria de cumprir suas palavras, ou seja, ele prometeu “velar” por elas até que fossem cumpridas. Em Israel a amendoeira floresce em janeiro, indicando que a primavera está chegando. A palavra em hebraico para amendoeira é “Saqed”, enquanto a palavra velar ou vigiar é “Soqed”. Deus usou esse jogo de palavras para chamar a atenção de Jeremias para o fato de que ele está sempre acordado ou vigiando, para velar sobre sua Palavra e cumpri-la. Jeremias passaria um período muito difícil em seu ministério, Deus ordenou que Jeremias nunca se casasse nem tivesse filhos. Tal celibato era raro entre os judeus, mas simbolizava a esterilidade de uma terra sob julgamento (Jr 16:1-13), ao contrário do profeta Oséias que sofreu vergonha e reprovação por causa de uma esposa perversa.

UMA MISSÃO
Jeremias pregou a nação durante quarenta anos. Creio que Jeremias não imaginava que seu ministério levaria tanto tempo, mas ele viveu tempo suficiente para ver Jerusalém e seu amado templo serem destruídos pelo exército babilônico, e o povo levado cativo para Babilônia. Não é a toa que Jeremias é conhecido como “profeta chorão”. Seu ministério foi difícil, pois ele teve de destruir antes de construir e de desarraigar antes de plantar. Era necessário mexer nas estruturas. E com certeza é algo que o povo não queria. Não voltaram de todo coração a Deus, mas fingidamente (Jr 3:10).
Jeremias foi odiado sem motivo (Lm 3:52), foi ridicularizado pelos líderes judeus (Lm 3:14), foi rejeitado pela própria família (Jr 11:21 – 12:6). Além de tudo, outros profetas de Jerusalém, pessoas mais habituadas aos caprichos do povo do que à palavra de Deus, opuseram-se a Jeremias. Esses falsos profetas contradiziam sua mensagem, pregando paz e segurança em lugar de julgamento. Eram tão envolvidos nos pecados dos compatriotas judeus que não podiam clamar. “Mas nos profetas de Jerusalém vejo coisa horrenda; cometem adultérios, andam com falsidade e fortalecem as mãos dos malfeitores, para que não se convertam cada um da sua maldade; todos eles se tornaram para mim como Sodoma, e os moradores de Jerusalém, como Gomorra” (Jr 23:14). Deve ser muito doloroso amar uma nação e ser rejeitado por ela. O mesmo acontece com muitas vidas. Deus levanta homens e mulheres dispostos a dar a vida por aldeias, igrejas, famílias, pais, mães, irmãos, e depois são rejeitados e ridicularizados, pois preferem ouvir conselhos de falsos profetas e aquilo que satisfaz o ego. Não voltaram de todo coração para Deus, mas fingidamente. Jesus passou por tudo isso aqui na terra, foi rejeitado e escarnecido pelos seus.

UMA ESPERANÇA
Um campo em Anatote (Jr 32:1-44) – Décimo ano de reinado de Zedequias (587 a.C).
Este é o capítulo que mais me emociona, e entenderemos porque. A palavra em hebraico para Anatote é “respostas à oração”. “Disse, pois, Jeremias: Veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo: Eis que Hananel, filho de teu tio Salum, virá a ti, dizendo: Compra o meu campo que está em Anatote, pois a ti, a quem pertence o direito de resgate, compete comprá-lo” (Jr 32:6,7). Aqui vemos um Deus grande em conselho e magnífico em obras, porque para ele coisa alguma é demasiadamente maravilhosa! Jeremias pregava a palavra com verdade, como fogo (Jr 23:28,29). Neste momento, com mais de 60 anos de idade, além de pregar destruição e julgamento de Deus sobre a nação, ele também vê esperança no futuro. Nos últimos dias de Israel, Jeremias demonstrou sua confiança em Deus comprando uma propriedade da família em Anatote. Uma coisa totalmente ilógica. Quem faria uma transação como esta? Comprar uma propriedade num campo de batalha? Jeremias estava na prisão, a cidade já estava entregue nas mãos dos caldeus, contudo, Deus diz para ele comprar uma um campo. “Eis aqui as trincheiras já atingem a cidade, para ser tomada; já está a cidade entregue nas mãos dos caldeus, que pelejam contra ela, pela espada, pela fome e pela peste. O que disseste aconteceu; e tu mesmo o vês. Contudo, ó SENHOR Deus, tu me disseste: Compra o campo por dinheiro e chama testemunhas, embora já esteja a cidade entregue nas mãos dos caldeus” (Jr 32:25). Assim é a fé: obedecemos a Deus apesar do que vemos, de como nos sentimos e sem saber o que acontecerá depois. Muitos devem ter pensado que ele estava louco em investir numa propriedade sem valor. Alguns devem ter rido dele. Jeremias até chegou a ficar confuso com a transação, mas Deus em reposta, mostrou que não há nada demasiadamente maravilhoso para ele, que faria com eles aliança eterna (Jr 32:40) e lhes restauraria a sorte (Jr 32:44).


APLICAÇÕES:
1). Não pense que por ser jovem, você não está apto para anunciar a verdade de Deus ao mundo e as pessoas para onde Deus te levar. Jeremias teria uma vida muito mais tranqüila se tivesse permanecido em seu ofício de sacerdote. Porém ele recebeu seu chamado e seguiu no seu novo ministério, que seria totalmente imprevisível, sem saber o que aconteceria com sua vida, e permaneceu fiel ao seu Senhor. Lembre-se da vara de amendoeira, Deus está velando para que sua palavra seja cumprida. “Não há crescimento sem desafio, e não há desafio sem mudanças” (Warren W. Wiersbe).
2). Em sua missão Jeremias foi odiado sem motivo pelos líderes judeus e até por seus parentes. Deus tem uma missão para sua vida. Fique atento a sua voz, através do Espírito e da Palavra. Prepare-se, estude, cresça e desenvolva sua fé em Cristo, as mudanças, desafios e oposições irão ajudar a você exercitar seus “músculos espirituais”. O Senhor será contigo por onde quer que ande.
3). Não perca a esperança, creia. Jeremias confiou e comprou aquele campo em Anatote. Mesmo que pareça que você esteja fazendo papel de tolo aos olhos das pessoas, confie no Senhor. Deus prometeu que restauraria a sorte do seu povo e eles voltariam a lançar suas raízes na terra e dariam frutos novamente. O que para as pessoas pode não ter mais jeito, não ter mais conserto, lembre-se do campo de Anatote, da esperança que Jeremias tinha na palavra de Deus, que não há nada demasiadamente maravilhoso para ele. Deus pode mudar qualquer situação, mesmo que impossível, ilógico, que fuja da nossa compreensão. Não perca a esperança, lute, permaneça fiel, ore!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Por que existimos? E para que vivemos? – Parte ll



 Caro leitor, vimos no estudo anterior que, em Cristo, todas as coisas foram criadas, tudo foi criado por meio dele e para ele (Cl 1:16), e que o homem foi feito para o louvor da sua glória (Ef 1:12) e que devemos fazer tudo para a glória de Deus (1 Co 10:31). A glória de Deus independe de qualquer ação humana (At 17:25), pois a glória de Deus é a honra e o esplendor que ele possui desde a eternidade, mas, podemos resplandecer a sua luz, demonstrar a sua glória vivendo uma vida de testemunho real, em obediência e amor ao seu nome.
Neste mês aprenderemos que Deus revela sua verdade não somente pela bíblia, mas também por meio do que chamamos de “revelação natural ou geral”. Ela pode ser percebida por todos os homens. Em Salmos 19 e Romanos 1 encontramos alguns atributos de Deus revelados ao homem através da sua criação, como: a sua glória (Sl 19:1), sua sabedoria (Sl 19:2), sua justiça (Rm 1:18), seu eterno poder (Rm 1:20) e sua divindade (Rm 1:20). Porém esta revelação geral é distorcida pelo homem não regenerado, vejamos: “Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite” (Sl 19:1,2). “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus (...)” (Rm 1:18-21), “mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!” (Rm 1:25).
Quando o apóstolo Paulo esteve na cidade de Atenas, em Atos 17:16-31, seu espírito se revoltou em face da idolatria dominante naquela cidade. Aquela cidade não tinha conhecimento algum das Escrituras, porém eram religiosos. Atenas era o centro filosófico do mundo naquela época. Era um cenário totalmente paganizado. É assim que os homens pagãos respondem à revelação geral, tentam suprimir e distorcer a verdade. Estes homens pagãos, consideram sua multiplicidade de deuses uma virtude, e Paulo apresenta esta virtude como ignorância dos atenienses e os conclama ao arrependimento (Rm 1:30).
Hoje estamos vivendo em uma era de “sincretismo” e “nominalismo cristão”. A mídia está tentando harmonizar todos os tipos de crenças para ligá-las a Cristo. O sincretismo é uma síntese entre a fé cristã e outras religiões, a mensagem bíblica é progressivamente substituída por pressuposições e dogmas não-cristãos. E quando a mensagem bíblica não é transmitida de maneira correta, sendo má compreendida, vemos aí o nominalismo cristão, que são pessoas interessadas pelo evangelho, mas sem verdadeira conversão. A religião falsa é produto do conhecimento pervertido que o homem tem de Deus.
Revelação geral + Pecado = Idolatria (a criação de Deus sendo adorada pelo homem decaído). Este é o impacto causado na vida do homem sem Deus. Ele é incapaz de adorar e servir o Criador, porém, adora e serve a criatura. Prostra-se perante homens e imagens esculpidas por mãos humanas, e retêm a supremacia e preeminência que é devida somente a um Deus, “que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas” (At 17:24) e o seu nome é Jesus. Ele o cabeça da igreja (Cl 1:18).

Os heróis se vão e nós também - Juízes 16

Alguém disse que um dia especialmente importante para um filho é aquele no qual ele se dá conta de que seus pais pecam. Da mesma forma com...