sábado, 24 de maio de 2014

Os Dez Mandamentos: O Primeiro Mandamento





“Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de mim” (Ex 20:2,3)

Querido leitor, dando seguimento em nossos estudos sobre os dez mandamentos, este mês estudaremos sobre o primeiro mandamento. Vimos pela introdução no mês passado que a lei nos foi dada pelo Senhor para nos ensinar a justiça perfeita, e que nela nenhuma outra justiça nos é ensinada, senão a que nos manda regrar-nos pela vontade de Deus e conformar-nos a ela (CALVINO, As Institutas, I, p. 167, 2006). A Lei mesmo depois da queda continua sendo perfeita regra de justiça (Confissão de Fé de Westminster 19:2). De nada adianta praticarmos toda a lei e fizermos tudo o que ela ordena aos olhos humanos se o nosso coração estiver cheio de ódio, desejo de morte, adultério, cobiças, idolatrias e ardendo por concupiscência carnal. Ela não foi dada somente para uma honestidade externa, mas também para justiça interna e espiritual, pois a Lei de Deus é dada a nossa alma. Aquilo que escondemos dos homens aparece diante de Deus (Mt 5:28).
A finalidade do primeiro mandamento é mostrar que Deus quer que somente Ele tenha preeminência, ou seja, que somente Ele seja exaltado entre o seu povo. Não podemos transferir para outros deuses (falsos) o que lhe pertence. Ídolo é tudo aquilo que o homem ama e confia de maneira suprema, tornando a sua plena realização dependente dele. No nosso tempo o homem tem buscado o “prazer imediato”, o prazer tem sido o seu objeto de vida, pois tem muito mais peso na tomada de decisões do que qualquer outro princípio, e tem levado a uma forte tendência ao “consumismo e sensualismo”. Consumismo: o homem consome para se sentir bem, mas como a satisfação é muito rápida ele acaba tendo de consumir cada vez mais para preencher o vazio que há em seu coração. Sensualismo: envolve satisfação das sensações físicas e psicológicas do homem: dependência de cigarros e bebidas; dependência de drogas; dependência de sexo e pornografia; dependência de entretenimento e lazer. Quando esta busca se torna o principal objeto de prazer na vida do homem, isso se transforma em um ídolo.
O Senhor se declara o nosso Deus, Ele nos escolheu para ser seu povo (Lv 26:12; Dt 14:2). E se Ele nos escolheu para ser seu povo devemos ser santos porque Ele é Santo (Lv 19:2). “O filho honra o pai, e o servo ao seu senhor. Se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou o senhor, onde está o respeito para comigo?” (Ml 1:6).
 O povo de Israel foi afligido aproximadamente cerca de quatrocentos anos no Egito vivendo como escravos (Gn 15:13; Ex 12:40; At 13:20), e o Senhor foi o seu libertador. Eles deveriam reconhecer que Deus era o autor da sua liberdade, e por isso, deveriam lhe render honra e obediência. O Egito representa para nós hoje uma figura do cativeiro espiritual no qual todos nós estamos presos até que o Senhor nos liberte com sua mão forte, e nos transfira para o reino da liberdade através de Cristo.
Conclusão: Se o soberano Deus se declara o nosso Deus, por que não confiar nele todo o nosso coração? A nossa felicidade está em nos comunicarmos com Ele. Mas, vivendo no pecado, na idolatria, isso jamais será possível. Se o nosso objetivo nesta vida se resume apenas em uma busca por felicidade e prazer pessoal, jamais conseguiremos alcançá-las. Jesus não morreu para nos fazer felizes ou satisfazer nossas necessidades pessoais; Ele morreu para nos libertar, tornar pecadores santos. O primeiro passo para a felicidade é a santidade. Quando nos dispomos a viver uma vida de obediência e santidade, também encontramos a felicidade no Senhor. Pense nisso! No próximo mês estudaremos sobre o segundo mandamento, a idolatria externa. Até lá!

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