domingo, 15 de junho de 2014

Os Dez Mandamentos: O Segundo Mandamento




“Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu Sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos” (Ex 20:4-6)

Caro leitor, vimos no mandamento anterior que Deus se declara como o único Deus e que devemos prestar toda honra e adoração somente a Ele. Um ídolo é um substituto de Deus, ou seja, hoje em dia estes ídolos são o dinheiro, o reconhecimento, o sucesso, os bens materiais e até mesmo pessoas.
A finalidade do segundo mandamento é mostrar que Deus não aceita que a honra e adoração que lhe devemos seja profanada por crenças e práticas supersticiosas. Ele quer que abandonemos tudo aquilo que a nossa mente possa inventar que venha formular uma imagem ou uma concepção de Deus. Este mandamento dividi-se em duas partes: A primeira é a proibição de representar Deus por meio de alguma imagem, a segunda proíbe que essas imagens recebam honra e adoração. Moisés disse ao povo de Israel para guardar cuidadosamente a vossa alma, e que não viessem a esculpir qualquer tipo de imagem na forma de ídolo, pois não haviam visto nenhuma aparência quando Deus falou no meio do fogo no monte Sinai (Dt 4:15-18). Isaías também diz que é desonrar a majestade de Deus querer representá-lo por meio de matéria corporal, ou imagem visível, sendo que Deus é Espírito o que é incompreensível tentar representá-lo (Is 40:18-20, 25). Quando o apóstolo Paulo esteve na cidade de Atenas, em Atos 17:16-31, seu espírito se revoltou em face da idolatria dominante naquela cidade. Aquela cidade não tinha conhecimento algum das Escrituras, porém eram religiosos. Paulo disse aos atenienses que a divindade não é semelhante ao ouro, à prata ou a pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem (At 17:29).
A pessoa que não consegue crer num Deus invisível e sustentar sua fé pela Bíblia tem sempre a tendência de representar Deus externamente como o concebe em seu coração. A mente imagina o ídolo, e a mão o produz. Quando o povo de Israel disse a Arão: “Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós” (Ex 32:1) eles construíram um bezerro de ouro para lhes ajudar a enxergar com seus próprios olhos alguma aparência corporal, que lhes servisse de testemunho de que Deus estava próximo deles, pois julgavam estar longe deles. Note que eles tinham conhecimento do verdadeiro Deus que os libertou do Egito e que havia operado todos aqueles milagres.
Conclusão: O homem precisa fabricar imagens para ter certeza de que Deus está perto dele, e quando ele cria uma imagem ele está agindo semelhantemente ao povo de Israel quando construiu o bezerro de ouro, pois com isso queriam dizer que desejavam estar ligados ao Deus vivo que os havia libertado, mas com a condição de poderem ter uma recordação disso no bezerro. Muitos cristãos hoje estão realizando cultos mistos, ou seja, temem a Deus e servem suas próprias imagens de escultura (2 Rs 17:32,32,41), essa prática custou caro ao povo de Israel (2 Rs 17:23). Muitos têm enganado a si mesmo quando dizem: “Mas nós não chamamos às nossas imagens de nosso Deus”. Não importa, seja lá o que for que estiver sobre a parede, sobre a tela do seu computador, sobre a mesa, se isso tem a finalidade de te “ajudar a ter fé em Deus” você está profanando a justa honra e a adoração que é devida somente a Deus por uma crença e por uma prática supersticiosa que Deus abomina (Sl 115). No próximo mês aprenderemos as conseqüências que isso traz para as próximas gerações, até lá!

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