terça-feira, 15 de julho de 2014

O Segundo Mandamento: Parte II



“Não farás para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu Sou o SENHOR, teu Deus, Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos” (Ex 20:4-6)

 Caro leitor, este mês trataremos de um assunto pertinente, pois se trata do futuro de nossas famílias, ou seja, das próximas gerações e as conseqüências que elas poderão sofrer, devido ao zelo de Deus, quando deixamos de confiar nele todo nosso coração transferindo sua glória para as criaturas ou para os ídolos. Quando o próprio Deus diz ser um Deus zeloso, ele quer dizer que leva tão a sério que a honra e adoração que lhe são devidas, sejam exclusivamente direcionadas para ele de tal forma, que se alguém se recusa a lhe obedecer, o Senhor declara que vingará sua majestade e sua glória que foram transmitidas aos ídolos. Essa maldição se estenderá aos filhos, aos descendentes próximos e distantes, pois sofrerão as conseqüências da impiedade dos seus predecessores.  Ao mesmo tempo, a piedade dos antepassados pode ajudar a trazer bênçãos para as gerações subseqüentes, pois Ele promete abençoar até mil gerações daqueles que o amam e lhe obedecem.
Muitas pessoas têm interpretado erroneamente o sentido da visitação de Deus nas próximas gerações. Sabemos que a equidade da justiça divina jamais culpará uma pessoa inocente pelo pecado do outro. O próprio Senhor declara que não tolerará que o filho sofra pela iniqüidade do pai (Ez 18:14-17). Porém vemos que existem algumas afirmações que dizem que os pecados dos pais serão punidos em seus filhos. Moisés e Jeremias declararam que o Senhor visita a iniqüidade dos pais nos filhos (Êx 34:6,7; Nm 14:18; Jr 32:18). A maldição de Deus não cai somente sobre a cabeça do ímpio, mas se expande sobre toda a sua família. A interpretação é bem simples se entendermos que toda natureza humana está caída em seu estado de miséria depois que o homem pecou no jardim do Éden. A ruína já está preparada para todos aqueles aos quais o Senhor não comunica sua graça, ou seja, quando Deus deixa de visitar o ímpio e seus filhos eles perecem por suas próprias iniqüidades, e não podem se queixar com Deus, pois assim diz o Senhor: “Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão. Assim, pois, não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia” (Rm 9:15,16). Quando essa punição vem as pessoas que praticam a idolatria e demais pecados, suas famílias são privadas da graça de Deus por longos anos. Essa visitação se cumpre quando o Senhor retira da casa do ímpio a sua graça, a luz da sua verdade, e por estarem abandonados pelo Espírito de Deus ficam sem visão, são cegos caminhando nos mesmos caminhos de seus antepassados preservando a maldição de Deus. Essa é a razão pela qual Deus os pune, não pelos pecados dos outros ou de seus antepassados, mas pelos pecados deles mesmos. Em outras palavras, não existe maldição hereditária, este é um ensinamento antibíblico, se existe algo que herdamos é o pecado original nossa herança adâmica.
Por outro lado, é feita uma promessa maravilhosa de que Deus fará misericórdia até mil gerações daqueles que o amam. Esta é a aliança de Deus com seus filhos e com a sua igreja. Deus conta com os pais para que as próximas gerações venham conhecer as verdades fundamentais da fé cristã para serem passadas de geração em geração. “O que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram nossos pais, não o encobriremos a seus filhos; contaremos à vindoura geração os louvores do SENHOR, e o seu poder, e as maravilhas que fez” (Sl 78: 3,4).

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