quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Aquele que espera por tempos e circunstâncias ideais, nunca fará coisa alguma!



Salomão usa duas atividades que ilustram e nos ajudam a viver pela fé e a esperar o inesperado, veja:

“Atire o seu pão sobre as águas, e depois de muitos dias você tornará a encontrá-lo. Reparta o que você tem com sete, até mesmo com oito, pois você não sabe que desgraça poderá cair sobre a terra. Quando as nuvens estão cheias de água, derramam chuva sobre a terra. Quer uma árvore caia para o sul quer para o norte, no lugar em que cair ficará. Quem observa o vento não plantará; e quem olha para as nuvens não colherá. Assim como você não conhece o caminho do vento, nem como o corpo é formado no ventre de uma mulher, também não pode compreender as obras de Deus, o Criador de todas as coisas. Plante de manhã a sua semente, e mesmo ao entardecer não deixe as suas mãos ficarem à toa, pois você não sabe o que acontecerá, se esta ou aquela produzirá, ou se as duas serão igualmente boas”

O primeiro é comerciante enviando seus navios com mercadorias (v. 1,2) e o segundo é um agricultor plantando suas sementes. Nestes dois casos, ele mostra através dessas atividades que é preciso ter fé, pois nem o comerciante nem o lavrador são capazes de controlar as circunstâncias.

Os navios podem bater em recifes, enfrentar tempestades ou até serem atacados e roubados por piratas e a carga se perder. Já na agricultura, a falta de chuva, a ferrugem, os insetos podem destruir a plantação e todo o trabalho do agricultor será em vão. Porém, se o comerciante e o agricultor esperassem por circunstâncias ideias, não fariam coisa alguma! A vida tem certo grau de risco, e é aí que entra a fé.

O comerciante distribuía sua riqueza em vários investimentos, não apenas em um único negócio. Lançar teu pão sobre as águas pode ser fraseada como: “Envia teus cereais nos navios”. Esses navios poderiam levar meses para voltarem com suas cargas preciosas, era um negócio arriscado, por isso é necessário ter fé.

“Por que não sabes” (v. 2,5,6) é a expressão chave desse texto.
Ninguém sabe o que o futuro nos reserva, e não é sensato buscar ajuda em misticismo, necromantes, feiticeiros, mágicos, espiritismos e etc (Dt 18:9-14). O medo e a incerteza podem nos paralisar, porém, o fato de não sabermos o que vem pela frente também pode nos levar a ter mais cuidado com o que planejamos e fazemos. Repartir a carga ou enviá-la em sete ou oito navios significa: “Não aposte tudo num único negócio”. Certamente um deles terá um bom retorno para investimento.

A agricultura na Palestina nos tempos bíblicos nunca foi uma tarefa simples. Os israelitas cultivavam em solo pedregoso e dependiam da chuva para nutrir as sementes. Ninguém é capaz de controlar condições do tempo. As nuvens são inconstantes. Elas vêm e vão, o a agricultor está a mercê da natureza. Hoje ainda existe tecnologia para irrigação do solo, mas mesmo assim precisamos da chuva. Uma tempestade pode derrubar uma árvore, e ali ela permanecerá e apodrecerá. O passado (árvore) não pode ser mudado, mas o presente (as nuvens) está a nossa disposição, e devemos aproveitar todas as oportunidades.

“Quem observa o vento não plantará; e quem olha para as nuvens não colherá.” (v.4). Não podemos ficar de braços cruzados. O vento nunca é perfeito para o semeador e as nuvens nunca são perfeitas para o ceifador.

Quem procura sempre encontra uma desculpa para não fazer nada. A desculpa é um “invólucro de razão preenchido com uma mentira” (Billy Sunday).

Deus tem um propósito para todas as coisas (Ec 3:1-11). Devemos viver pela fé em sua Palavra. Cabe a nós usar cada dia com sabedoria, lançar a semente de manhã e investir (lançar o pão) o máximo possível. Da mesma forma que o comerciante envia mais de um navio, o agricultor também planta mais de uma lavoura.

O resultado pertence a Deus. Muitos podem nos criticar pelos nossos trabalhos, semeaduras e investimentos em trabalhos evangelísticos. Muitos sequer descruzam os braços para fazer algo, só observam esperando tempos e circunstâncias ideais para tentarem fazer alguma coisa. Somos como o lavrador, semeando vários tipos de semente em solos diferentes. Deus dará a colheita (Gl 6:8,9; Sl 126:5,6; Os 10:12).

“Semeiem a retidão para si, colham o fruto da lealdade, e façam sulcos no seu solo não arado; pois é hora de buscar o Senhor, até que ele venha e faça chover justiça sobre vocês”
(Oséias 10:12)

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