quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Reconhecendo nossa própria falibilidade



John Bradford, pastor inglês e mártir da Reforma (1510-1555), de sua cela na prisão da torre de Londres, viu um criminoso sendo levado à execução por seus crimes. As palavras que Bradford disse são memoráveis: “Não fosse pela graça de Deus, ali iria John Bradford”.

Já ouvi muitas pessoas dizerem: “Eu perdoo meu ofensor, mas ele tem que pagar pelo que fez”. Muitos cristãos professos se esquecem de que também são pecadores, se esquecem de que ainda há um pecado remanescente neles, e se não fosse pela graça eles pecariam tanto quanto seus ofensores”.

O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo?” (Jeremias 17:9)

Vede, irmãos, que nunca se ache em qualquer de vós um perverso coração de incredulidade, para se apartar do Deus vivo; antes exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se chama Hoje, par que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado” (Hb 3:12,13)

Os Cristãos precisam tomar cuidado com os perigos do coração. Quando perceber alguma fala desse tipo: “Eu nunca faria aos outros aquilo que ele fez”, “Não consigo acreditar que ele fez isso”, “Eu nunca teria feito isso com ele”, é preciso estar atento, pois essas pessoas correm grande perigo por estarem ignorando seu próprio pecado e julgando outros. Quando Deus ouve essas palavras certamente estremece.

Que certeza podemos ter que nunca poderíamos cometer determinado pecado?

A igreja brasileira tem sido influenciada por líderes religiosos que se alegram com a prisão de políticos corruptos. Essa nunca será uma atitude cristã. A prisão, a morte ou a exclusão de alguém jamais deveria ser motivo de alegria para um crente (Ez 33:11). Com isso não quero dizer que corruptos não devam ser presos, pelo contrário, devemos incentivar e promover a justiça com todos os meios possíveis, mas nunca se alegrar com a condenação de alguém, devemos nos alegrar em vê-los arrependidos.

É por este motivo e outros, que a prática da disciplina nas igrejas têm tido um propósito ou um fim de punição, quando deveria ser para restauração de pessoas.

O orgulho vem antes da destruição; o espírito altivo, antes da queda” (Provérbios 16:18)

Assim aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia” (1 Co 10:12)

Quando compreendemos o verdadeiro evangelho, entendemos que, a não ser pela graça de Deus, não seríamos melhores que o homem ou a mulher que pecou contra nós.

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