quarta-feira, 5 de julho de 2017

A homossexualidade na igreja


Não somente a cultura secular tem aceitado cada vez mais a homossexualidade como estilo de vida alternativo, como também muitos na igreja têm assumido uma postura tanto conivente quanto também praticante de atos homossexuais.

A homossexualidade é uma antítese da heterossexualidade, pois é contrária ao plano de Deus para o casamento e família em seu nível mais básico (Gn 1:27,28; 2:24). Ao escrever aos romanos, Paulo relaciona a homossexualidade como uma das consequências morais indesejados do pecado de rejeitar a Deus (Rm 1:26-28,32).

Aqueles que desprezam o conhecimento de Deus, são entregues a uma disposição mental reprovável para praticarem coisas erradas, inclusive algo considerado “contrário a natureza” (Rm 1:26). Devido a essa rejeição a Deus, Deus entregou a humanidade depravada “ao desejo ardente de seus corações, para desonrarem seus copos entre si; pois substituíram a verdade de Deus pela mentira e adoraram e serviram à criatura em lugar do Criador” (Rm 1:24-25).

Paulo termina essa seção em Romanos 1 acusando formalmente essas pessoas que “conhecendo bem o decreto de Deus, que declara dignos de morte os que praticam essas coisas, não somente as fazem, mas também aprovam o que as praticam” (v.32).  O julgamento é pronunciado não apenas sobre quem pratica a homossexualidade, mas sobre quem é conivente com a sua prática.

Duas leis do Código Civil de Santidade que tratam especificamente da homossexualidade são Levítico 18:22 (“Não te deitarás com homem, como se fosse mulher; é abominação”) e 20:13 (“Se um homem se deitar com outro homem, como se fosse com mulher, os dois terão praticado abominação; certamente serão mortos; serão culpados da própria morte”). A mesma pena que Deus havia aplicado para Sodoma e Gomorra (Gn 18-19; Jd 7).

Paulo também instruiu os coríntios a não se associarem com pessoas sexualmente imorais, nesta passagem é importante frisar que, ele não estava dizendo para os imorais do mundo, mas os imorais que se dizem cristãos, ou irmãos na fé (1 Co 5:9-11). Os cristãos não deveriam sequer comer com eles, pois deveriam ser expulsos do seu meio na esperança de que houvesse arrependimento e restauração.

Paulo declara que “nem imorais, nem idólatras, nem adúlteros, nem os que se submetem a práticas homossexuais (ativo e passivo), nem os que as procuram, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem caluniadores, nem os que cometem fraudes herdarão o reino de Deus” (1 Co 6:9-10; 5:10).

Daí ele acrescenta um dos versículos mais lindos da Bíblia: “Alguns de vós éreis assim. Mas fostes lavados, santificados e justificados em nome do Senhor Jesus e no Espírito do nosso Deus (1 Co 6:11).

Isto significa que uma pessoa pode ter sido influenciada por muitos anos de sua vida a praticar atos imorais contra o seu corpo, porém estas experiências não ditam a realidade de ninguém, ou seja, não tem poder de determinar quem ela é.

A fonte intelectual da ideia de que nossas experiências do passado determinam nossa visão de Deus, dos outros e de nós mesmos provém da psicologia psicodinâmica. Essa ideia foi desenvolvida por Sigmund Freud e Erik Erikson. A teoria da psicodinâmica tem influenciado muitas pessoas, até mesmo cristãs, a dizerem que suas experiências do passado justificam viver no engano no pecado.

Uma pessoa pode ter sido vítima de abuso sexual na infância e ter vivido experiências dolorosas no passado, porém os sofrimentos, o diabo ou Deus não produzem nossos pecados. Somos atraídos pela nossa própria cobiça (Tg 1:2,14). As tentações e provações não modelam nossos pecados nem tornam vazio nosso coração. Pelo contrário, o passado oferece um contexto onde o coração ativo e obstinado se revela e se expressa (David Powlison – Uma nossa visão). Os sofrimentos de infância podem ser perturbadores, mas a tendência de cair em tentações não surge de causas externas, mas de dentro de nós.

Paulo deixa claro que alguns membros da igreja de Corinto eram ex-homossexuais (1 Co 6:11), uma indicação de que, em Cristo, a transformação real de homossexuais é algo possível. Eles foram lavados e purificados de seus pecados, separados (santificados) para Deus e para o seu serviço. Foram declarados justos (justificados) em Cristo, pelo Espírito.

Suas palavras dão esperança a todos os homossexuais dispostos a se arrepender do pecado e se apropriar do perdão que Cristo oferece e de seu poder de transformar vidas.

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