terça-feira, 18 de julho de 2017

O homem como auxiliador, não seria o contrário?: Liderando em graça e submetendo em fé

A mulher como auxiliadora é um conceito-chave que se perdeu nos casamentos modernos. É uma chave que se desapareceu do pensamento contemporâneo. A mulher não se considera mais uma auxiliadora. Pelo contrário, muitas mulheres pensam que elas é que devem ter um auxiliador. A mulher moderna pensa que ocupa exatamente o mesmo lugar do marido.

É precisamente por considerar-se uma auxiliadora que a mulher se liberta. Movimentos feministas que não reconhecem esta verdade acabam por sujeitar, totalmente, a mulher a uma vida de servidão. Ela encontrará liberdade em compreender sua função correta diante de Deus e de seu marido e em viver de acordo com essa função (ADAMS, 2011, p.66-67).

A mulher foi criada para auxiliar seu marido, e não o contrário (Gn 2:18). Como auxiliadora, ela complementa o homem e se adapta a ele. 


CASAMENTO E MATERNIDADE COMO VOCAÇÃO DA MULHER

Na Bíblia, a maternidade é exaltada como vocação suprema e privilégio da mulher. Afastar-se do lar é ceder à tentação de Satanás de maneira semelhante à forma como Eva ultrapassou seus limites na Queda original (1 Tm 2:14-15).

Esse posicionamento revela a natureza não bíblica do feminismo que promove a igualdade dos sexos entendida como similaridade e incentiva as mulheres a abrirem mão de sua vocação dentro do lar a fim de encontrar realização própria em uma carreira fora do lar (KOSTEMBERGER; JONES, 2011, p.115-116).

É justamente ao participarem de seu papel em relação a família que as mulheres cumprem sua vocação principal. Com isso não quero dizer que a esposa não possa trabalhar, pois quando lemos sobre a mulher virtuosa em Provérbios 31, vemos o relato de uma mulher de grande desenvoltura, fonte de força e benção para seu marido e filhos. “Mulher companheira fiel, diligente e esforçada, vigorosa e ativa, que reaplica a renda dos seus negócios domésticos, demonstra sabedoria no modo de falar, teme a Deus em vez de fiar se na própria beleza física”.

A chave para determinar se um emprego é apropriado ou não é simplesmente em saber se o emprego ajuda ou prejudica a família. Esse é o ideal de mulher liberta! Essa é a mulher feliz e realizada! Seus dons e talentos não são reprimidos, sua personalidade não está sendo esmagada, mas suas habilidades em negócios e trabalhos estão sendo usados para a família e sua submissão ao marido é exatamente sua liberdade.

Submissão não elimina liberdade, pelo contrário, cria maiores oportunidades para que ela ocorra, pois essa é a estrutura criacional de Deus, e aqueles que menosprezam a ordem da criação apelando a cultura moderna, dizendo que os tempos são outros, e esses textos não se aplicam mais em nossa época desprezam a ordem da criação. A mulher se submete à missão de esposa, e à “missão de mãe” (1Tm 2:15), que é a de ser “auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2:18b).



LIDERANDO EM GRAÇA E SUBMETENDO EM FÉ – Efésios 5:21-32

“...sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo” (Ef 5:21).

Devemos submissão uns aos outros, no contexto amplo da igreja e no casamento. Isso significa que o marido deve submeter sua liderança à esposa e esta, por sua vez, deve receber sua liderança com submissão. A submissão da mulher não deve ser entendida com uma de escravidão ao marido, pois, como Paulo diz em Gálatas 5:1 e Pedro diz e 1 Pedro 2:16, nós fomos chamados por Cristo para a liberdade e não para um novo jugo de escravidão, caso contrário seria melhor ficar solteiro.

Liderar não é o mesmo que governar. O marido não governa a esposa, pois o termo governar provém da maldição do pecado, e é um pecado: “O teu desejo será para [contra] teu marido, e ele te governará” (Gn 3:16b). A esposa não é escrava do desejo de seu marido, mas seu desejo está em Deus (Sl 37:4-5). O marido deve liderar em favor da esposa. Amar é dar. Amor é coisa que recebemos somente de Deus a fim de conceber ao próximo. O marido também é “esposa de Cristo”, submisso a missão proposta por Deus na sua vida em geral, em particular e no casamento (GOMES, 2014, p.34,47-48)

A mulher é a glória do homem! (1Co 11:7). Assim como Deus se movimenta em graça em direção ao homem e este se movimenta em fé para recepção da graça, o homem lidera em graça e a mulher se submete em fé.

O marido propicia à mulher o entendimento e a prática da liderança de Deus (graça), e a mulher propicia ao marido a prática e o entendimento da submissão devida a Deus (fé).



REFERENCIAL TEÓRICO

ADAMS, Jay. A Vida Cristã no lar. 2. ed. São José do Campos: Fiel, 2011.

KOSTEMBERGER, Andreas; JONES, David. Deus, Casamento e Família: Reconstruindo o Fundamento Bíblico. São Paulo: Vida Nova, 2011.

GOMES, Wadislau. Um Marido olhando a sua Esposa. Brasília: Monergismo, 2014.

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