terça-feira, 29 de agosto de 2017

Profissão e ministério não definem quem eu sou


Sempre que estou à procura de algo que me dê identidade, sentido, propósito e um sentimento de bem-estar fora do relacionamento e da adoração a Deus, me esqueço de quem eu sou em Cristo, e passo a procurar minha identidade em outros lugares. O trabalho e o ministério podem se tornar o principal lugar onde extraio minha identidade, e isto não é bom. 

O trabalho em excesso quase sempre está enraizado no ego, seja por insegurança, seja por necessidade de sentir-se necessário ali, seja por egolatria discreta, pois começo a dizer para mim mesmo: “Deus não vai operar se eu não estiver lá”; “Sem eu, aquele lugar não vai pra frente”.

Não é minha profissão que define que eu sou, e muito menos meu ministério em plantar uma igreja, contudo, o título que define meu papel de líder ministerial, líder na família como marido, e contador, é o de servo. Sim, minha esposa não precisa de um contador no seu casamento ou de um líder religioso, e sim de um servo de Cristo que exerça seu principal papel dentro do lar e vice-versa. Não posso permitir que meu ministério em plantar uma igreja e meu trabalho como profissional contábil afirmem meu valor pessoal com o meu desempenho nestas áreas, meu valor pessoal deve estar a parte do meu ministério e trabalho.

Hoje tenho aprendido que preciso me definir pelo meu relacionamento com Deus e com as pessoas mais íntimas e mais queridas, não pelo ministério ou pelo meu trabalho.

Se eu não aprender a adorar a Deus em meu casamento, em meu ministério e em meu trabalho, de algum modo tentarei assumir o seu lugar. Tentarei ser o Senhor em cada uma destas esferas, e tentarei assegurar que o reino do ego venha e que minha vontade seja feita.

Como preciso aprender encontrar alegria na vontade de Deus, pois somente a adoração funcional de Deus é forte o suficiente para romper com a aliança com o ego e me transformar em uma pessoa que realmente encontra alegria em amar a Deus e ao próximo.

Sempre pensei que se fosse obediente a Deus e fizesse tudo o que está escrito em sua Palavra eu seria merecedor de suas bençãos, grande engano, pois sempre que peco deliberadamente Deus ainda continua gracioso comigo e me abençoa, e aí sempre acabo sendo exigente comigo mesmo, passo a julgar e punir a mim mesmo, como se fosse o próprio Deus (processo idolátrico).

Também aprendi com a graça de Deus que Ele deixa de dar aquilo que eu mereço quando peco (o seu castigo) e sempre me concede aquilo que eu não mereço (suas bençãos) mesmo quando sou obediente, pois o pacto de obras no Jardim do Édem foi rompido com o pecado, agora, se faço algo de bom e recebo suas bênçãos é por causa da obra redentora de Jesus Cristo, a meritocracia é dele, e minha identidade está em adorá-lo, pois somente assim saberei amar minha esposa, filhos, e outras pessoas.

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