terça-feira, 9 de maio de 2017

Quais ofensas podem ser ignoradas?



“Aquele que cobre uma ofensa promove amor, mas quem a lança em rosto separa bons amigos”
(Provérbios 17:9)

“O ódio provoca dissensão, mas o amor cobre todos os pecados”

“É melhor ter verduras na refeição onde há amor do que um boi gordo acompanhado de ódio”
(Provérbios 15:17)

“O homem perverso provoca dissensão, e o que espalha boatos afasta bons amigos”
(Provérbios 16:28)

O verdadeiro discípulo ou irmão, não espalha os pecados e problemas de seus amigos ou colegas, mas busca restaurar a comunidade ameaçada pela maldade ocultando-os com o objetivo de conquistar suas amizades ao invés de perde-las. Se aquele que ama protege até um ofensor, quanto mais não se esforçará para promover a intimidade entre os santos.

“Quando você comporta como se tivesse amor por alguém, logo começa a gostar dessa pessoa” (C.S. Lewis)

“O Senhor é compassivo e misericordioso, mui paciente e cheio de amor” (Salmos 103:8)

“Sejam misericordiosos, assim como o Pai de vocês é misericordioso". (Lucas 6:36)

Toda família normal ou igreja terá membros que irritam e ofendem uns aos outros regularmente. Se fizermos caso de toda coisinha, não conseguiremos fazer nada a não ser confrontar um ao outro por problemas pequenos. Deus não nos pune severamente cada vez que pecamos. “Quando ignoramos as ofensas que outros cometem contra nós, estamos imitando o incrível perdão de Deus” (SANDE; 2011, p.98).

Muitas ofensas ficam voltando a nossa mente por dias e semanas. Quando alguém nos magoa profundamente, podemos ficar com a ofensa gravada em nossa memória. É aí que devemos praticar o princípio da substituição. Devemos conscientemente substituir aquele pensamento negativo por um pensamento positivo. Sempre que começarmos a remoer aqueles problemas, devemos pedir ajuda a Deus e orar intencionalmente pelo ofensor (Fp 4:8).

Quais ofensas podem ser ignoradas?

Há duas regras para podermos saber que uma ofensa pode ou não ser ignorada.

Primeiro, não devo ignorar uma ofensa que cause danos duradouros ao meu relacionamento com o outro (esposa, marido, amigo, colega). Se a pessoa faz algo que mude meus sentimentos, pensamentos, palavras ou ações em relação a ela, por mais que seja por um curto período de tempo, eu não posso ignorar o problema, então terei de abordar com ela o assunto. (Também não posso me esquecer que, meu próprio egoísmo e senso de direito contribuem para ampliar ofensas mínimas tornando-as em crimes capitais).

Segundo, não posso ignorar uma ofensa que traz sérios danos à reputação de Deus, de outras pessoas ou do ofensor. Exemplo: se uma pessoa fala e age constantemente de forma a me influenciar ou conduzir-me a pensar menos sobre Deus, a igreja ou a Bíblia, terei de lidar com o problema. Pecados que afetam o testemunho cristão, e que podem trazer uma divisão na igreja no futuro devem ser confrontados.

Se a ofensa não quebrar nenhuma dessas duas regras, provavelmente pode ser ignorada.
Devo confiar em Deus para que ele opere a transformação necessária na vida dessa pessoa. Mas se a ofensa é grande demais para ser ignorada, preciso orar muito para saber como mostrar a ofensa a outra pessoa de forma que a encoraje ao arrependimento e a uma mudança de comportamento ((Mt 18:15-17; 2 Tm 2:24-26; Gl 6:1).

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