segunda-feira, 15 de março de 2021

Lidando com a dependência de anseios psicológicos: Tendemos a ser controlados pelas coisas que necessitamos, precisamos amar mais as pessoas e precisar menos delas

 


1. O QUE SÃO NECESSIDADES?

A palavra “precisar” significa anseio. A palavra “anseio” significa “querer desesperadamente”. O que são necessidades? Do que eu realmente preciso?

Dependendo do contexto de uma situação a resposta pode ter significados diferentes. Se eu estiver perdido em um deserto morrendo de sede, eu responderia: “água”. Se eu estivesse em um culto e o pastor perguntasse do que eu realmente preciso eu responderia: “Jesus”. Talvez se estivesse numa sessão de aconselhamento minha resposta fosse: respeito, compreensão, alguém que me escute, autoestima, crianças obedientes, sensação de ser útil em meu trabalho, ter dinheiro, segurança, controle, excitação etc.

Ninguém diz que é necessitado de algo que não experimentou, ou seja, se digo que tenho necessidade de chocolate, é porque já experimentei antes. Da mesma forma que alguém diz ter necessidade de sexo, é porque passou por uma experiência pessoal ou pela excitação por meio da pornografia.

O uso da palavra “precisar” pode ser encontrada em três grupos diferentes de significados:

  1. Necessidades Biológicas: Precisamos de alimento, de água, de uma casa. Jesus exorta a não preocuparmos com estas necessidades (comida, bebida e roupa) porque “vosso Pai celeste sabe que necessitais de todas elas” (Mt 6:32). Nossa preocupação deve estar em buscar seu reino em primeiro lugar.
  2.  Necessidades espirituais: Sem Jesus estamos mortos em nossos pecados, somos inimigos de Deus incapazes de remediar nossa situação ou de agradar a Deus. Em Jesus temos tudo que precisamos para uma vida de satisfação e piedade (2Pe 1:3)
  3. Necessidades Psicológicas: estas necessidades têm a ver com relacionamentos: valorização, aceitação, respeito, admiração amor, sentimento de pertencer, propósito, autoestima etc.

Vivemos em uma sociedade cada vez mais dependente de necessidades psicológicas. Entende-se que, se estes anseios psicológicos não forem supridos, as pessoas poderão não se sentir bem consigo mesmas e seu potencial, sua felicidade, sua estabilidade psicológica e sua autoestima não poderão ser alcançados por precisar da aprovação dos outros.

O problema é que a ciência secular ao tratar deste terceiro grupo (anseios psicológicos) como uma necessidade, acaba de uma certa forma colocando as pessoas no lugar de Deus ao se tornarem tão dependentes da aprovação e opinião dos outros para serem bem-sucedidas em seus relacionamentos.

 

2. TEORIAS DAS NECESSIDADES SEGUNDO A PSICOLOGIA SECULAR

 Na visão do psicólogo Alfred Adler (1870-1937) o homem é impulsionado pela necessidade de superar sua inferioridade e arrastado pelo desejo de ser superior. Para ele, uma criança é motivada pelos sentimentos de inferioridade a lutar por um nível mais elevado de desenvolvimento. Quando ela atinge esse nível, começa então a sentir-se de novo inferior, resultando daí o reinício de seu esforço para se desenvolver.

O termo “complexo de inferioridade” foi uma descoberta da Psicologia Individual de Alfred Adler. Segundo o autor, “o complexo de inferioridade aparece diante de um problema para o qual um indivíduo não está adequadamente adaptado ou equipado e expressa sua convicção de que ele é incapaz de resolvê-lo.

Um dos problemas da psicologia secular parece ser que ela costuma criar uma cultura de vitimização, tirando a responsabilidade da pessoa e tentando justificar suas atitudes irresponsáveis. Adler apresenta um exemplo de uma garota que necessitava de estima para se sair bem nos estudos. Porém, sua família e seu professor foram julgados “responsáveis” pela sua tentativa de suicídio por não entenderem sua exigência de estima apresentada como “necessidade”:

Tinha muita necessidade de estima, mas tanto em sua casa como na sala de aula, nada recebia. Devia procurar esta consideração em outro lugar. Assim, buscou um homem que a soubesse apreciar. Viveu com ele durante quinze dias. E ele se cansou dela [...] Um dia, os pais receberam uma carta em que ela dizia: “Tomei veneno. Não fiquem com raiva de mim. Estou feliz”. O suicídio foi naturalmente a ideia que lhe veio a mente, depois de ter se decepcionado em sua procura de afeto e carinho. Entretanto, ela não conseguiu o que queria; e utilizou o suicídio como uma chantagem para obter o perdão de seus pais (...) se o professor do curso secundário tivesse compreendido que a adolescente tinha sido uma ótima aluna e que ela necessitava, de uma certa maneira, de ser estimada, mais uma vez a tragédia não teria acontecido.

Uma pessoa não tem que tirar notas ruins porque seu professor não lhe deu a estima que ela “necessitava”, e muito menos fazer um mal casamento porque sua família não lhe deu o carinho e afeto que ela tanto necessitava. Alguns dizem: “Meu pai não me amava, portanto, meu egocentrismo, minha autopiedade e minha incredulidade têm razão de ser. Outra pessoa causou os meus problemas e outra pessoa terá de consertá-la” (Veja 1Pe 1:18). Segundo Powlison:

 

Como pecadores, esquivamo-nos de nossas responsabilidades por nossa descrença, culpando a outros e saboreando o papel de vítimas. Quando projetamos mentiras e imagens falhas de Deus, preferimos apontar os pais humanos como a causa em vez de buscar sondar as atividades do próprio coração. O “entendimento” psicológico incentiva algumas tendências pecaminosas; e gostamos de encontrar desculpas para nossa descrença.


Vivemos em uma cultura onde somos sempre as vítimas. A culpa sempre é do outro. Nossas ações são de responsabilidade dos outros, não somos seres responsáveis, não nos importamos em praticar nossos deveres, pois somos seres portadores de direitos. Somos vítimas dentro de uma cultura de vitimização.

Quando dizemos que outras pessoas controlam o nosso comportamento, estamos intensificando nosso temor do homem ao invés do temor do Senhor por vários motivos. O temor do homem é algo que fazemos naturalmente. O mundo e suas suposições parcialmente bíblicas agravam a nossa tendência de temer ou reverenciar os outros.

O movimento da autoestima contribui muito para o temor do homem. As suposições do mundo em que vivemos dizem que umas das melhores maneiras de elevar a sua autoestima é alcançar algum sucesso (que é comparado então ao que os outros fazem) ou cercar-se de pessoas que o aprovem (o que deixa você dependente da opinião deles).

Os sentimentos de inferioridade e superioridade têm sua raiz no coração, ou seja, naquilo que a Bíblica chama de temor do homem (Pv 29:25). Por exemplo, quando Adler responsabiliza os pais e o professor daquela garota que se juntou com um homem por quinze dias e depois tentou cometer suicídio por causa da necessidade de estima que ela não recebia em casa e na escola, ele estava dizendo que as ações da garota foram de responsabilidade de outras pessoas que praticamente controlaram o seu comportamento, ou seja, intensificando seu temor de homem ao invés do temor do Senhor. Afirmar que a baixa autoestima seja a raiz real do problema é minimizar a natureza do pecado contra Deus e incentivar a transferência de culpa e uma cultura de vitimização.


O psicólogo Abraham Maslow (1908-1970) desenvolveu essas ideias de Adler, num ponto de vista semelhante, ele achava que o estudo do homem não deveria ser feito a partir de um estudo de fracassos, pessoas com grandes dificuldades etc. Então ele passou a pesquisar aqueles que estavam fazendo algo na vida, pessoas autorrealizadas, como ele eventualmente passou a chamá-las. Maslow chegou à conclusão de que não há mais pessoas autorrealizadas porque a maioria não teve suas necessidades básicas supridas e, consequentemente, são incapazes de satisfazer suas necessidades de autorrealização. Ele visualizou todo esse fenômeno como uma “hierarquia das necessidades”. Ela é vista através de uma pirâmide. De acordo com Maslow, as primeiras necessidades em geral são preponderantes, isto é, elas devem ser satisfeitas antes que apareçam aquelas relacionadas posteriormente. Quando as necessidades são satisfeitas, novamente novas (e ainda superiores) necessidades emergem e assim por diante.

Jesus inverteu a pirâmide de Maslow. Enquanto Maslow e Adler consideram os dois níveis mais básicos das necessidades: alimentos e roupa como essenciais para o desenvolvimento da personalidade humana, Jesus disse: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6:33). Estas coisas são acréscimos e não básicas. Se você procurar o que é mais elevado (reino), o que é inferior (roupas, alimento) será acrescentado em sua busca.

  • “Buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6:33).
  • “Entretanto, pouco é necessário” (Lc 10:42a)
  • “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes” (1 Tm 6:8)
  •  “Não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer, nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Porque a vida é mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes” (Lc 12:22-23)

 

3. A TEORIA DAS NECESSIDADES NO MEIO EVANGÉLICO

O autor e psicólogo cristão Larry Crabb muito conhecido do meio cristão na área de aconselhamento, em seu livro “Compreendendo as pessoas” diz que “Deus anseia pela restauração do relacionamento com seu povo” e que “Cada um de nós deseja fervorosamente que alguém nos veja de forma exata como somos, com todos os nossos defeitos, e ainda nos aceite”

Mas o que há de errado nesse pensamento? Deus não precisava nos amar, pois Ele é completo, quando dizemos que Deus anseia por relacionar-se conosco, sugere que Ele é incompleto sem isso, como uma deficiência a ser suprida por nós. Deus nos ama por causa do seu próprio prazer, por amor a sua glória. 

Larry Crabb, assim como muitos conselheiros, seguem uma teoria baseada na necessidade, ou seja, em um modelo que coloca Cristo primeiramente como um supridor de necessidades, e secundariamente como redentor. A intenção mais profunda do evangelho, segundo esse pensamento, é satisfazer as necessidades psicológicas das pessoas, e não tratar do pecado (Veja Lc 17:9-10).

Embora a estrutura conceitual bíblica possa tratar de fenômenos psicológicos, comportamentais, emocionais e interpessoais, a intenção mais profunda do evangelho, não é satisfazer as necessidades psicológicas das pessoas, colocando Cristo primeiramente como um supridor de necessidades, e secundariamente como redentor, mas tratar do pecado, pois seu foco visa transformar pessoas à imagem do seu Criador para o refletirem em seu modo de viver.

 

4. REFLETINDO A IMAGEM DE DEUS – Rm 11:36; 1Co 10:31

Somos chamados a amar as pessoas não porque as pessoas do mundo estão vazias e necessitadas de amor, mas porque o amor é um meio de imitarmos a Cristo, revelar sua Pessoa pelo nosso modo de viver e glorificar a Deus. “A doutrina da imagem de Deus determina o destino de toda teologia” (Emil Brunner). O centro deste pensamento “All need is love” é o próprio homem e não Deus, de um relacionamentos que foca em minhas necessidades e não na perfeição de Deus, cuja imagem fui criado para refletir.

Na psicologia das necessidades, a expressão de louvor a Deus tem base naquilo Ele fez por mim, porém, na Bíblia, embora Deus mereça agradecimento de suas bençãos derramadas em minha vida, Ele é digno de ser louvado simplesmente porque Ele é Deus (At 7:2; Êx 15:11; Is 6; Ez 1; Ap 4; Nm 14:21; Sl 8; 148; 150; Êx 16:10; Êx 40:35;


Em vez de perguntar: “Como meus anseios serão satisfeitos?”, devemos perguntar: “Como posso glorificar a Deus?”. Quando aprendemos amar a Deus e ao próximo, expressamos a imagem gloriosa de Deus. “O centro de gravidade no universo de Deus é sua santidade gloriosa – não os nossos anseios. A teoria das necessidades faz do homem um ser passivo e oco, mas a imagem de Deus no homem é um verbo, uma imagem promotora ativa de glória.

Não estamos vazios e necessitados de amor, pois a verdade bíblica é que todas as pessoas já estão em maus relacionamentos com Deus e ao próximo por causa do pecado e a distorção da imagem de Deus. A Bíblica conduz nossa atenção para a causa, e não para o resultado que “necessitamos”.

Os dois grandes mandamentos ensinadas por Jesus resumem a questão central da vida (Mt 22:37-40). Jesus passou por relacionamentos desgastantes, traições, sofreu atrocidades nas mãos dos homens, e ainda bebeu do cálice da ira de Deus. Jesus exemplificou a imagem renovada de Deus, mas não visando a satisfação de anseios de relacionamento e aceitação, ao contrário, Ele fez pela fé, em obediência. Viver pela fé e obediência são meios de manifestar a imagem de Deus. Os possuidores da imagem de Deus, amam a Deus e ao próximo e manifestam sua justiça e amor. Ao imitarmos os “retratos de Deus” (Pai, filho, amigo, servo) fornecidos na Bíblia, em nome de Cristo Jesus, refletimos sua imagem e o glorificamos.

Um pai que tira tempo para brincar com seu filho, um filho que obedece a seus pais, um trabalhador que cumpre suas tarefas, estão refletindo a imagem de Deus. Não podemos refletir esta imagem sozinhos. Precisamos das pessoas não para suprirem nossos anseios psicológicos, mas para servirmos e glorificarmos a Deus, pois sua glória é manifestada em sua plenitude pelo corpo de Cristo (igreja) e não apenas pelo indivíduo isolado.

Qual nossa verdadeira necessidade? Necessitamos ser atingidos pela a glória de Deus, ser cativados por Seu amor, e ser fiéis à medida que andamos em obediência a Ele, mesmo no sofrimento (Rm 3:23).

    

5. VENCENDO O TEMOR DE HOMENS – Pv 29:25

É preciso levar as pessoas a necessitar menos dos outros e amar mais as pessoas, pois tendemos a ser controlados pelas coisas que necessitamos. Necessidade de amor pode ser identificado com o termo bíblico “temor do homem”. Quando colocamos nossa esperança nas pessoas esperamos que elas satisfaçam nossas necessidades. O temor ao homem vem do nosso próprio pecado (Pv 29:25). Segundo Welch, o temor do homem faz parte de uma tríade que inclui incredulidade e desobediência (Veja Jo 12:42-43).

O diálogo de Jesus com a mulher samaritana quando foi buscar água da fonte revelou que sua sede de relacionamentos era muito maior do que sua sede de água. Ela estava colocando sua esperança nos relacionamentos, e estes relacionamentos estavam controlando sua vida. O diálogo com Jesus revelou seu coração.

Jesus pediu-lhe: “Dá-me de beber” (Jo 4:7). Jesus foi ao encontro da necessidade da mulher samaritana por meio da exibição de sua própria necessidade humana: “Dá-me de beber”.

As pessoas falham na localização da verdadeira fonte e na identificação da verdadeira necessidade. Todos os meios e tentativas de suprir suas próprias necessidade são frustradas, pois “não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?” (Mt 6:25).

A mulher samaritana disse: “Senhor, dá-me dessa água para que eu não mais tenha sede, nem precise vir aqui buscá-la” (Jo 4:15). A resposta de Jesus não pareceu de imediato responder à sua necessidade: “Vai, chama teu marido e vem cá” (v.16). Jesus está bem consciente de que todos possuem carência últimas de vida, que transcendem as necessidades imediatas. Jesus está elevando os olhos da mulher samaritana acima do “aqui e agora”. Ele volta o olhar dela para questões eternas (“uma fonte a jorrar para a vida eterna”).

A mulher samaritana responde: “Não tenho marido”(v. 17). A mulher tinha uma vida irregular, não somente pelo número de companheiros que havia tido (cinco maridos), mas pelo homem atual que se relacionava e que não era seu marido. Jesus pressiona sua consciência sem acusá-la, e acha um ponto positivo na honestidade da mulher (“Bem disseste”). A sede de relacionamentos da mulher samaritana era grande, maior do que a sede de água. Da mesma forma como buscava água na fonte de Jacó, a cada dia, a mulher samaritana tinha buscado satisfação relacional em alianças com homens de forma irregular, eram fontes rotas que não retinham água (Jr 2:13).

Ela colocou sua confiança nos relacionamentos porque entendia que aqueles homens tinham poder de dar aquilo que ela queria. Seu temor do homem a levou buscar satisfação nos outros, pois o temor ao homem consiste em adorar os outros para benefício pessoal.

 

CONCLUSÃO

Anseios tem muito mais a ver com cobiça. “Olhar para Cristo para suprir nossas necessidades psicológicas é cristianizar nossas ambições. Nós estamos pedindo a Deus que nos dê aquilo que desejamos, para que possamos nos sentir melhor, ou para que tenhamos mais felicidade, não santidade em nossas vidas” (Ed Welch)

O evangelho israelita nunca sugeriu que os vizinhos idólatras começassem a adorar o Deus verdadeiro porque Jeová daria uma colheita melhor do que os seus ídolos. Em vem disso, as pessoas eram, e são, chamadas para desistir de seus ídolos porque a idolatria é contra Deus. Jesus não pretende satisfazer nossos desejos egoístas, ao contrário, ele pretende quebrar a taça das necessidades psicológicas (ambições), e não enchê-las.

O segredo da verdadeira alegria e satisfação não está naquilo que você tem buscado para o seu contentamento, mas naquilo que você tem evitado, o encontro frente a frente com a verdadeira fonte que revela a verdadeira necessidade do seu coração, Cristo Jesus!

CFW 1

1. Qual é o fim supremo e principal do homem?

Resposta. O fim supremo e principal do homem e glorificar a Deus e gozá-lo para sempre. (Ro 11:36; 1 Co 10:31; Sl 73:24-26; Jo 17:22-24)

 

APLICAÇÕES

  1. O que são necessidades? Quais os três grupos de necessidades?
  2. O que a teoria das necessidades na visão da psicologia secular ensina? Como o movimento da autoestima contribui para o temor do homem?
  3. O que a teoria das necessidades no meio evangélico tem ensinado aos cristãos?
  4. Como podemos refletir a imagem de Deus? Como podemos glorificar a Deus? Estamos vazios e necessitados de amor? Como Jesus exemplificou a imagem renovada de Deus? Podemos refletir a imagem de Deus isolados? Qual nossa verdadeira necessidade?
  5. Em vez de perguntar: “do que você necessita?”; pergunte: “O que controla sua vida?”; “no que ou em quem tem colocado sua confiança”? Não faça de Jesus um ídolo pessoal a serviço de suas necessidades. Viver no temor do Senhor não é perguntar: “Como Deus pode satisfazer minhas necessidades?”, mas: “Como posso ocupar-me com a glória de Cristo a ponto de esquecer minhas necessidades?”

 

REFERENCIAL TEÓRICO

ADLER, Alfred. A Educação das Crianças. Salvador: Arte em Palavras, 2003, p.137.

CRABB, Larry. Como compreender as pessoas: Fundamentos Bíblicos e Psicológicos para desenvolver relacionamentos saudáveis. São Paulo: Vida, 1998.

GOMES, Wadislau M. Prática do Aconselhamento Redentivo. 2. ed. Brasília: Monergismo, 2018.

HALL, Calvin S; LINDSAY, Gardner. Teorias da Personalidade. São Paulo: EPU, 1984.

POWLISON, David. Uma Nova Visão: O Aconselhamento e a Condição Humana através da Lentes das Escrituras. São Paulo: Cultura Cristã, 2010, p.168

WELCH, Edward T.; Quando as Pessoas são grandes e Deus é pequeno: Vencendo a pressão do grupo, a codependência e o Temor do Homem. São Paulo: Batista Regular do Brasil, 2008.

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