quarta-feira, 28 de junho de 2023

A hipocrisia por trás das publicações nas redes sociais

Antes de publicar qualquer conteúdo nas mídias sociais, reflita antes e pergunte a si mesmo: “Por que estou escrevendo esse texto, estou visando engrandecer meu nome, ofender alguém, dar indiretas ou glorificar a Deus edificando a vida das pessoas? ”

A verdade, mesmo do ponto de vista de uma pessoa sincera, pode ser tendenciosa. Tendemos a ver o que esperamos ver: observamos, lembramos e passamos adiante as informações que apoiam nosso ponto de vista, mas não temos a mesma motivação quando os indícios apontam para o lado oposto.

O cristão deve suspeitar de si mesmo (Jr 17:9), olhando para as motivações internas do seu coração antes de sair publicando conteúdos nas mídias sociais. Sempre existe algo ou alguém que governa nosso coração de modo que venha controlar o comportamento.

A pessoa que não está segura de si mesma faz críticas constantes nas mídias sociais na tentativa de esconder suas próprias fraquezas. Essas pessoas procuram expor outras em situações piores do que elas para poderem se mostrar superiores.

Muitos buscam louvor nos defeitos dos outros, fazendo uma exibição de santidade nas redes sociais, mas em seu coração se exaltam falando mal dos outros. Suas virtudes são danificadas pela marca da difamação e críticas constantes, estes não reconhecem que necessitam de perdão (Tg 1:25-26).

As publicações nas mídias sociais podem se tornar um vício que fornece alívio e prazer temporários para aqueles que sofrem com a ansiedade e o transtorno obsessivo-compulsivo – TOC. Para obter alívio, essas pessoas se envolvem em certos comportamentos (muitas vezes repetitivos) para neutralizar a ansiedade (como publicar textos saudáveis ou textos ofensivos/críticos).

Reflita ou anote cuidadosamente o que você estava pensando, fazendo ou querendo em cada momento que você saiu publicando e enviando textos para as pessoas na internet. Analise se as suas reações impulsivas são antecedidas por algum tipo frequente de pensamentos e ações como mentira, cobiça, ressentimento, preocupação descontrolada, medo de rejeição, desejos imorais, desejo de controle etc.

Muitas das reações impulsivas são antecedidas por circunstâncias da vida que deixam você preocupado, triste ou cansado como: enfermidade, luto, perdas, conflitos, injustiça, ou pelo seu próprio estilo de vida pecaminoso como: avareza, perfeccionismo, idolatria, orgulho, indisciplina, preguiça, ira, pornografia etc.

Lembre-se, o apóstolo Pedro era um homem impulsivo, no mesmo instante que era capaz de demonstrar fé e coragem extraordinárias, ele sucumbia logo em seguida (Jo 18:10; 17-27; Mt 14:30). Pedro foi uma das principais testemunhas em favor da liberdade em Cristo quando esteve na casa do centurião Cornélio (At 10:28,34-35; 11:18). Mas quando esteve com os cristãos gentios em Antioquia ele temeu o grupo dos judeus por medo de rejeição (Gl 2:11-21).

Muitas publicações nas redes sociais parecem ser motivadas pela verdade ou fidelidade a Deus, quando na verdade são resultantes da mentira, da cobiça, do ressentimento, da preocupação descontrolada, do medo de rejeição, de desejos imorais, do desejo de controle etc.  Para piorar, esta hipocrisia resultante destes pensamentos e ações, também leva outros a se desviarem (Gl 2:13; Pv 29:25). “Bem-aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova” (Romanos 14:22).

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