quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Você não somente pode, como deve ser corajoso!


Muitos cristãos são controlados pelo medo. Vão a igreja, ouvem a pregação da Palavra de Deus e até sabem o que Deus quer que façam, porém, estão paralisadas espiritualmente, não conseguem obedecer porque estão com medo. Paradoxalmente, o medo pode ter um aspecto positivo. Não é errado pular quando alguém nos dá um susto, ficar amedrontado diante da ferocidade de um animal correndo o risco de ser ferido, ou de ficar perto de alguém descontrolado e violento. Neste aspecto, o medo e a prudência caminham lado a lado (Pv 22:3). Porém, no aspecto negativo, o medo pecaminoso é aquele que nos impede de obedecer a Deus, pois esse medo revela uma covardia moral. Este medo não vem de Deus.

Quando Paulo escreveu sua segunda carta para Timóteo, ele estava na prisão. Neste momento o imperador Nero havia incendiado a cidade de Roma e estava culpando os cristãos. A perseguição estava se intensificando. Não era um momento fácil para um crente. Vários amigos de Paulo haviam abandonado a fé (2 Tm 1:15). Por esta razão, Paulo exortou Timóteo dizendo assim: “reavive o dom de Deus que está em você...” (2 Tm 1:6), “...não se envergonhe do testemunho de nosso Senhor...participa comigo dos sofrimentos a favor do evangelho...” (2 Tm 1:8), “...fortifique-se na graça que há em Cristo Jesus” (2 Tm 2:1), “porque Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação” (2 Tm 1:7).

É como se Paulo estive dizendo para Timóteo que: “Você não pode ser controlado pelo medo pecaminoso, isso não vem de Deus. A razão pela qual você está dominado pelo medo e pela ansiedade é porque você está pecando”.

“Nossos temores decorrem da falha de não nos avivarmos. Começamos a olhar para o futuro, e então a imaginar coisas e a dizer: ‘O que será que vai acontecer?’” (Dr. Lioyd Jones). Quem foi regenerado deveria saber que Deus nos deu o Espírito Santo e Ele não é um espírito de covardia. A chave para a coragem não está na confiança em si mesmo. Paulo não conduz Timóteo a Timóteo, ao contrário, ele conduz Timóteo a Deus.

1. O ESPÍRITO DE PODER

Diante de uma situação você pode pensar: “Não há como lidar com isso, não sou tão forte assim, vou falhar”. Então você começa a perder a esperança. Seu verdadeiro problema é não entender quão poderoso é o Espírito que está agindo em você. Nossas circunstâncias mais difíceis são insignificantes quando comparados ao poder do Espírito (Ef 1:18,19). Pare de olhar para si mesmo em busca de coragem, e comece a confiar em Deus.

2. O ESPÍRITO DE AMOR

O oposto de um espírito de medo é um espírito de amor. Se você estiver dominado pela ansiedade, pelo medo e preocupação pecaminosos, seu problema é ser egocêntrico demais. Você é uma pessoa egoísta. Está pensando demais em si mesmo. “No amor não existe medo” (1 Jo 4:18). “O adversário do temor é o amor. O amor dá de si mesmo, o temor é autoprotetor. O amor se automovimenta em direção a outras pessoas; o temor as evita. No trato com o temor, nenhuma coisa possui poder tão expulsivo como o amor” (Dr. Jay Adams). Nada pode nos separar do amor de Deus (Rm 8:38,39). Pare de olhar para si mesmo, e comece a amar a Deus e ao próximo (1 Jo 4:8).

3. O ESPÍRITO DE MODERAÇÃO

O medo produz confusão e caos na mente. Algumas pessoas não viajam de avião, não atravessam uma ponte, não falam de Cristo e não querem obedecer a Deus porque têm medo. A palavra “moderação” significa ter “uma mente sensata e segura”, uma mente autocontrolada e disciplinada. Quem não tem paz, é dominado por medo, preocupação e ansiedade. Nossa prioridade é agradar e glorificar a Deus independente do que possa surgir em nosso caminho. Quem passa a vida se protegendo acaba criando em sua mente uma prisão para si mesmo. Contudo, se sua principal preocupação for glorificar a Deus pela sua graça, pela obra capacitadora do Espírito que produz poder, amor e moderação em sua vida, você encontrará liberdade, mesmo que seu corpo esteja numa prisão de verdade.


REFERENCIAL TEÓRICO

MACK, Wayne A; MACK, Joshua. O Temor que Vence o Medo. São Paulo: NUTRA, 2019, p.15-32.

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