segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

O Naturalismo e a cultura da morte

Em categorias mais amplas o maior desafio atualmente está entre o teísmo contra o naturalismo. O teísmo é a crença de que há um Deus transcendente que criou Universo. O naturalismo é a crença de que as causas naturais sozinhas são suficientes para explicar tudo o que existe.

O naturalista relativiza os padrões morais, pois se a natureza é tudo o que há, então não há uma fonte transcendente de verdade moral, por consequência podemos construir nossa própria moralidade. Em contraste, os cristãos acreditam que Deus tem falado, que revelou um padrão moral absoluto e imutável de certo e errado.

Com seu relativismo moral, os naturalistas tratam todas as culturas moralmente equivalentes, ou seja, como não há um Deus, eles acabam achando sua identidade somente em uma raça, gênero ou grupo étnico. Os cristãos podem apreciar a diversidade cultural desde que a verdade de Deus não seja igualada a uma perspectiva limitada de um grupo, julgando todas as práticas particulares de uma cultura como certas ou erradas.

Os naturalistas têm uma noção de que a natureza é essencialmente boa e que se criarem estruturas sociais econômicas certas encontrarão uma era de harmonia e prosperidade. O cristão por sua vez sabe ou deveria saber que isso é uma utopia, pois o pecado é real e a maldade humana e a desordem devem ser controladas por leis justas.

Enquanto os naturalistas só consideram o que acontece neste mundo, nesta época e nesta vida, os cristãos têm uma perspectiva da eternidade. Se não há base absoluta para a moral os seres humanos criam seus próprios padrões e o resultado é um relativismo ético radical.

Qual é o valor da vida? Por que estamos aqui? Essas questões estão ligadas à nossa origem (criação). A ética naturalista está afetando grandemente a sociedade quando vemos professores, políticos e magistrados dizendo que o aborto é uma questão de “saúde pública”, ou um “bem positivo”. Estamos vendo uma mudança da cultura da vida para uma cultura da morte.

“Penso, logo existo” disse René Decartes. Com disso Decartes liberou a ideia de que a mente humana, não a de Deus, é a fonte da certeza. Seu slogan tem levado pessoas acharem que seu corpo e sua existência são determinados pelo que elas pensam.

A única cosmovisão que fornece a base mais forte para dignidade humana é a visão judaico-cristã, conforme está escrito: “E criou Deus o homem à sua imagem; (...) macho e fêmea os criou (Gn 1:17). A cosmovisão naturalista coloca o controle da população acima da dignidade humana para preservar a “mãe natureza” e coloca o homem no mesmo nível dos direitos dos animais.

Uma cultura que não luta para preservar a dignidade humana (que defende o desencarceramento, o aborto e a maconha) tem apresentado uma “bondade” disfarçada de egoísmo (autonomia moral do indivíduo). Uma sociedade egoísta não pode durar por muito tempo.

 

REFERENCIAL TEÓRICO

COLSON, Charles; PEARCEY, Nancy. E agora como viveremos? Rio de Janeiro: CPAD, 2000.

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