quinta-feira, 4 de abril de 2019

Conhecendo as pessoas


Quanto nós conhecemos a respeito da família, das lutas, do relacionamento com Deus, da compreensão das Escrituras, a respeito dos problemas com familiares e no trabalho do nosso amigo, irmão ou colega? Devemos procurar conhecer as pessoas porque amamos ao Senhor e queremos obedecer a Ele (Mt 22:37).

Temos a tendência de manter relacionamentos casuais de modo permanente, que nunca se tornam relacionamentos de intimidade verdadeira. Nossas conversas quase sempre são superficiais e um tanto na defensiva. Falamos sobre política, esportes e diversão. Mesmo que não haja nada de errado com isso, estamos escondendo quem realmente somos. Temos o hábito de cumprimentar perguntando como vai, mas será que estamos realmente interessados em saber sobre a pessoa, ou estamos realmente dispostos a responder com sinceridade? (TRIPP, 2009, p.224-225)

Somos hábeis em conversas que contém novidades, ficamos presos na superficialidade em nossos relacionamentos para nos proteger, pois ficamos imaginando o que as pessoas pensariam se realmente nos conhecessem.

Os melhores relacionamentos são construídos no alicerce da confiança mútua e do falar a verdade um para o outro. O problema é que estamos mais preocupados em aconselhar o problema do que as pessoas. Queremos mostrar os erros que levaram a pessoa a tal situação, mas não queremos estar ao seu lado, estar com ela no momento de crise.

Estamos nos escondendo atrás da dificuldade e das pressões, estamos mais impressionados com a nossa justiça do que horrorizados com o nosso pecado. Precisamos de pessoas que nos amem o bastante para nos fazer perguntas, escutar mais, e isso não é ser invasivo. Isto é ajudar pessoas cegas a abraçarem a Cristo.

Como seremos relevantes no cuidado de uns para com os outros? Como deixaremos de fazer acepção de pessoas e sermos fortalecidos no poder do Senhor? Como seremos servos e prisioneiros de Cristo, livres e desembaraçados, para o ministério de embaixadores do evangelho? Como poderemos nos ajudar mutuamente, se estivermos marcados por uma luta carnal, mundana e demoníaca? Como pensaremos a mesma coisa, se discordamos e nos debatemos em termos da doutrina que deveria gerir nosso pensamento? Como nos amaremos, seremos unidos e abrigaremos o mesmo sentimento, se seguimos o chavão popular do amor por si mesmo e autoestima? (GOMES, 2012, p.124-125)

Da próxima vez que você disser: “Como vai?”, esteja preparado para tomar tempo e ouvir a resposta; da próxima vez que quiser ser ouvido, em pouco tempo que seja, procure um irmão que saiba amar, e fale com o coração (jamais expondo as vergonhas intestinas).

“E certo estou, meus irmãos, sim, eu mesmo, a vosso respeito, de que estais possuídos de bondade, cheios de todo o conhecimento, aptos para vos admoestardes uns aos outros” (Rm 15:14)



REFERENCIAL TEÓRICO:

TRIPP, Paul David. Instrumentos nas Mãos do Redentor: Pessoas que Precisam Ser Transformadas Ajudando Pessoas que Precisam de Transformação. São Paulo: NUTRA, 2009, p. 221-247.

GOMES, Wadislau. Quem cuida de quem cuida? São Paulo: Cultura Cristã, 2012, p.124-125.

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