sábado, 28 de maio de 2022

Cresça de acordo com a capacidade que vem Deus!

“Então, vi que todo trabalho e toda destreza em obras provêm da inveja do homem contra o seu próximo. Também isto é vaidade e correr atrás do vento” (Ec 4:4)

Salomão quando caminhava ao mercado de trabalho da época, observou diversos profissionais trabalhando. Salomão encontrou com um tipo de homem diligente, ótimo trabalhador, um homem que possuía virtudes que ele mesmo exaltava. “As habilidades e a competência mostram apenas os que as mãos fazem, mas não mostram o coração”. Foi aí que Salomão se decepcionou, o objetivo dessas pessoas se aperfeiçoarem e se mostrarem ótimas profissionais eram apenas para competir com os outros e até mesmo ganhar mais dinheiro. O propósito destas pessoas não era visar o bem-estar dos outros e produzir coisas úteis que viessem ajudar pessoas, mas era para se manterem na frente da competição, ou seja, motivados pela inveja elas queriam apenas ser mais do que os outros.

Cobiçar é desejar o que é do outro, já a inveja é pior, é se incomodar com o que os outros têm. Ambos os sentimentos são extremamente negativos, pois no fundo quando uma pessoa se apega a algo que não é seu, ou é porque quer para ela mesma (cobiça) ou porque deseja que o outro não tenha algo (inveja). A cobiça demonstra um coração infeliz sem contentamento.

A melhor forma de deixarmos essa vida de fantasias e desejos cobiçosos é viver uma vida de pleno contentamento com a nossa condição. A Bíblia nos ensina que grande fonte de lucro na vida de um homem que encontrou Jesus é viver com piedade e contentamento (1Tm 6:6). “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes” (1Tm 6:8). Para o mundo globalizado, sucesso é obter um diploma universitário, ter um carro zero importado, adquirir um apartamento próprio e conquistar a presidência de uma grande empresa. É chegar preferencialmente ao topo.

O verdadeiro contentamento precisa ser aprendido (Fp 4:11). Paulo, aprendeu a não depender de suas circunstâncias. Ele aprendeu a não deixar que pessoas ou acontecimentos o controlassem, que determinassem seu sofrimento ou sua alegria, nem que impedissem seu ministério. Isso não significa que devemos cruzar os braços e viver como preguiçosos (Ec 4:5) sem buscar mudanças ou tentar melhorar nossas circunstâncias, pelo contrário, devemos nos esforçar para tirar a melhor nota possível, trabalhar com excelência, procurar um médico quando estivermos doentes, porém, a questão crucial a ser aprendida aqui é que depois de fazermos tudo o que for necessário para melhorar nossas circunstâncias ou o mundo a nossa volta, precisamos confiar os resultados nas mãos de Deus.

“Quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda; também isto é vaidade” (Ec 5:10)

Da vida, o homem deve receber as riquezas como um dom de Deus e simultaneamente ser capacitado por ele a desfrutar delas (Ec 3:13; 5:19). O crescimento deve ser algo natural de acordo com a capacidade de desfrutar dele sem descuidar da família, da saúde e momentos de lazer. A inteligência muitas vezes está em reduzir o próprio ritmo para se ter uma vida equilibrada. De que adianta assumir um cargo promocional de uma empresa para o qual não está preparado para ele, simplesmente para obter status social e econômico diante da sociedade, com uma bela casa e um carro novo, e com isso ganhar um úlcera, ficar sempre irritado com os filhos e ver o casamento ir por água abaixo?

Não troque meia hora do convívio com sua família no fim do dia, por 10% a mais de salário em um expediente mais longo assumindo responsabilidades que você não tem competência para isso. Seja o melhor na função em que você está, e cresça de acordo com a sua capacidade. O homem equilibrado se deleita tanto no seu trabalho quanto nos frutos dele e vive num equilíbrio de labor e descanso. É bom ter as coisas que o dinheiro pode comprar, desde que não percamos as coisas que o dinheiro não compra!

 

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